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Dia da Conscincia Negra celebrado nas escolas estaduais do Paran

Sexta-feira, 21 de novembro de 2014


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Em todo o Paraná as escolas estaduais fazem uma série de atividades para celebrar o Dia Nacional da Consciência Negra. As ações, que se estendem nesta semana, são resultado da implantação das equipes multidisciplinares, responsáveis por projetos de ensino história e cultura afrobrasileira, africana e indígena. 

A iniciativa das escolas desperta a consciência na comunidade escolar sobre o tema e também amplia as discussões e as ações pedagógicas que privilegiem a igualdade entre os povos. 

Um exemplo é a Escola Estadual Ângelo Trevisan, em Curitiba, onde professores trabalharam meses com os alunos para organizar uma mostra com o resultado de diversas atividades. ?Escolhemos o dia 20 de novembro para mostrar o resultado dessa integração, para que os nossos alunos compreendam o valor da cultura africana e de sua importância dento da cultura brasileira?, comentou a professora de história Célia Guernieri, coordenadora da equipe multidisciplinar. 

Os alunos se envolveram com pesquisas, discussões e trabalhos práticos para criarem um dicionário com termos africanos e painéis para enfrentar o preconceito e a discriminação. ?Nós pesquisamos bastante sobre os costumes da África, que até hoje temos na nossa cultura e não lembramos que isso existe. É importante saber sobre as influências que nos ajudaram na nossa cultura?, disse o aluno do 6º ano do ensino fundamental Pedro Castro. 

Houve ainda a confecção de bonecas abayomi, de origem ioruba, que significa aquele que traz felicidade. Os alunos realizaram a atividade junto com suas famílias e as bonecas serão doadas para crianças carentes da comunidade. A boneca ainda resultou na atividade de contação de história e na produção de um livreto sobre a história do brinquedo com figuras geométricas nas aulas de matemática. 

A atividade reforça a aprendizagem sobre a presença da cultura negra na escola. ?É importante para a gente se conscientizar sobre o passado, o que aconteceu com os negros e não repetir isso no futuro. E para conhecer um pouco mais da história da África e do Brasil?, contou a aluna do 6º ano do ensino fundamental Larissa Pinheiro. 

LONDRINA ? O Colégio Estadual Professora Maria José Balzanello Aguilera, em Londrina, promoveu o 1º Simpósio da Equipe Multidisciplinar Presença Negra em Londrina: 80 Anos de Resistência. O objetivo do evento foi debater temas para promover a temática nas escolas da região. Além de socializar projetos e experiências entre os cerca de 300 participantes, houve a realização de conferências, palestras, grupos de trabalho, mesa-redonda e momentos culturais. 

CURITIBA ? A Exposição Ébano foi promovida pelo Colégio Estadual Santa Rosa, em Curitiba, que propiciou à comunidade escolar um espaço na biblioteca para discussões e reflexões sobre a importância da cultura negra no Brasil. Também homenageou Zumbi dos Palmares, um dos líderes da história negra no País. São telas, painéis, instrumentos musicais que abordam vários temas como a valorização da mulher negra, igualdade e tolerância religiosa. 

TAMBORES - O projeto TamborErê - Batuque na Escola! existe há alguns anos no Colégio Estadual Professor Algacyr Munhoz Maeder, também na Capital. A ideia é incentivar a pesquisa e a prática de ritmos populares afrobrasileiros, estudo de canto e instrumentos de percussão. É uma alternativa para que os alunos se envolvam em projetos e atividades vinculadas à educação, arte e cultura, com o objetivo de diminuir a evasão escolar e o preconceito no ambiente escolar. 

O projeto já se apresentou em muitas instituições e recebeu prêmios. Parte do seu trabalho pode ser conferida acessando o seguinte endereço: www.youtube.com/watch?v=pwgm_Z0xDOU&hd=1 

CASCAVEL ? O Colégio Estadual Vital Brasil, em Cascavel, realizou o evento Vital Brasil sem discriminação: Desconstruindo Preconceitos. Cerca de 150 pessoas, entre alunos, professores e funcionários participaram do encontro que aprofundou discussões para dar um novo significado à história e cultura afrobrasileira, africana e indígena, além de promover ações contra a discriminação e o preconceito. 

IBAITI ? O Colégio Estadual do Campo Professora Margarida Franklin Gonçalves, em Ibaiti, contou com a apresentação dos alunos que participam da atividade de cultura e artes em contraturno. Houve roda de capoeira, danças africanas com roupas típicas e exposição nas salas de trabalhos sobre a cultura indígena, africana, contação de histórias, jogo africano de tabuleiro entre outras atividades. 

Fonte: AEN

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