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A Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) fechou em queda pela quarta vez na semana. Nesta sexta-feira (26), o Ibovespa (principal índice da Bolsa paulista) caiu 1,64%, aos 68.226,10 pontos. No acumulado da semana, o índice registrou queda de 3,77%, o pior resultado em cinco meses. Desde a semana que compreendeu os dias 28 de junho e 2 de julho, quando a Bolsa caiu 5,24%, o mercado brasileiro não registrava tamanha perda. No mês, o índice tem perda de 3,46% e, no ano, de 0,53%. Em Wall Street, o índice Dow Jones fechou mais cedo hoje, após o feriado do Dia de Ação de Graças. O índice perdeu 0,85%. A cotação do dólar comercial fechou em alta de 0,35%, a R$ 1,728 na venda. No acumulado da semana, a moeda norte-americana subiu 0,52%. No mês, o ganho já chega a 1,47%. No ano, porém, ainda acumula queda de 0,86%. O ambiente externo ainda tenso com a amplitude da crise financeira na Europa e com o perigo de um conflito aberto entre as Coreias foram os principais motivos da baixa do Ibovespa nesta sexta-feira. O volume financeiro da sessão foi de R$ 4,42 bilhões, abaixo da média diária recente. As ações preferenciais (com direito a voto) da Vale (VALE5) fecharam em baixa de 1,48%, para R$ 48,52, enquanto que as ordinárias (com voto) (VALE3) cederam 1,51%, em R$ 54,09. Os papéis preferenciais da Petrobras (PETR4) cederam 1,01%, para R$ 24,60, enquanto que os ordinários (PETR3) recuaram 0,98%, para R$ 27,23. O setor siderúrgico teve um novo dia de perdas agudas, um dia após o IABr divulgar os números do setor de aço relativos a outubro. "Os dados de outubro confirmam que a atual fraqueza do mercado deve continuar até do fim de 2010 e começo de 2011", afirmou a analista Claudia Elisabeth Feddersen, do Citi, em relatório. As ações da Gerdau (GGBR4) caíram 2,43%, para R4 20,07, enquanto que as preferenciais da Usiminas (USIM5) perderam 3,15%, para R$ 19,35. A BM&FBovespa (BVMF3) terminou em baixa de 1,01%, para R$ 13,67, no dia que o Merrill Lynch reduziu seu preço-alvo para a empresa de R$ 19 para R$ 18, mantendo recomendação de compra. Cenário externo A instabilidade internacional voltou a desfavorecer o mercado doméstico, com a agenda vazia no Brasil e nos Estados Unidos dando espaço para mais peso nas notícias vindas da Europa e Ásia. "Agora não tem muito jeito de recuperar enquanto você não acertar esses dois fatores, Coreia e Irlanda, e não creio que tenha surgido grandes desenvolvimentos sobre esses temas", afirmou Álvaro Bandeira, economista-chefe da Ágora Corretora, a agência de notícias Reuters. No Velho Continente fontes afirmaram que um plano de socorro à Irlanda deve ser acertado no fim de semana. Contudo, os investidores temem que os 85 bilhões de euros oferecidos ao país não sejam o bastante para sanear o sistema bancário do país. Além da Irlanda, o mercado está de olho em Portugal, temendo que o país seja o próximo alvo de ajuda financeira. "Portugal está com o mesmo discurso que mostraram Grécia e Irlanda antes de reconhecerem necessidade de ajuda, isso gera suspeitas", afirmou Bandeira. Nesta sexta-feira o premiê português disse que Portugal tem todas as condições para continuar a financiar-se nos mercados e a aprovação do austero orçamento para 2011 deve contribuir no aumento da confiança. Bolsas Internacioanais O principal índice das ações europeias terminou em baixa, sob o peso da persistente preocupação de que a crise de dívida na periferia da zona do euro possa levar Portugal a ser o próximo país a solicitar ajuda financeira. O setor bancário foi particularmente atingido. A Bolsa de Londres fechou em baixa de 0,53%. A de Paris perdeu 0,84%. O índice que reúne Bolsas da Ásia registrou forte queda nesta sexta-feira, pressionado por recuo em ações do setor de consumo. A sessão foi marcada por cautela nos mercados financeiros, com volumes reduzidos, diante da escalada de tensão na península coreana. A Bolsa de Seul (Coreia do Sul) caiu 1,34%, com o clima tenso entre as duas Coreias. O mercado em Tóquio se desvalorizou em 0,4%. Xangai teve baixa de 0,92%.