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Cai o número de mortes por gripe H1N1 em relação ao total de casos
Terça-feira, 03 de julho de 2012
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Boletim divulgado nesta segunda-feira (2) pela Secretaria da Saúde informa que o Paraná teve 381 casos confirmados de gripe H1N1 e 14 mortes causadas pela doença este ano. Em relação ao boletim anterior, houve um acréscimo de 201 casos e uma morte - o que indica uma redução no número de mortes em relação ao total de casos.
Até a semana passada, eram 13 mortes para um total de 180 casos. De acordo com a Secretaria da Saúde, a queda no número de mortes em relação ao número de casos confirma a eficácia do diagnóstico precoce e do acesso ao medicamento antiviral em tempo hábil. “Estudos científicos comprovam a redução progressiva da carga viral na pessoa infectada após a ingestão de cada dose do medicamento. Após 48 horas de utilização do antiviral temos níveis quase imperceptíveis do vírus”, destacou o superintendente de Vigilância em Saúde, Sezifredo Paz.
A morte por H1N1 foi confirmada em Londrina. O paciente, um homem de 49 anos, foi internado em decorrência de outras doenças e teve o diagnóstico de H1N1 no hospital. Por ser portador de doenças crônicas, como asma e pneumopatia, o paciente não respondeu ao tratamento.
CUIDADOS - Sezifredo Paz enfatiza, que apesar da redução na proporção casos/óbitos, os cuidados de prevenção e a indicação do tratamento adequado devem continuar. “Não estamos em situação de epidemia como em 2009, mas percebemos maior circulação viral neste momento devido ao período de outono/inverno”, afirma.
Diversas ações já foram adotadas pela Secretaria da Saúde para enfrentamento da gripe este ano, como a distribuição de material informativo destacando os bons hábitos de higiene e a descentralização do medicamento indicado para o tratamento, inclusive na posologia infantil.
Além disso, no dia 27 de junho, o secretário Michele Caputo Neto assinou uma resolução que cria a Comissão Estadual de Infectologia, com a participação de 16 entidades: Secretaria Estadual de Saúde, Associação Médica do Paraná, Sociedades Paranaenses de Infectologia, Pneumologia, Pediatria e Terapia Intensiva, Conselhos Regionais de Enfermagem, Farmácia e de Medicina, Conselho de Secretarias Municipais de Saúde, Secretaria Municipal de Saúde de Curitiba, Hospital de Clínicas, Hospital Pequeno Príncipe e Associação Paranaense de Controle de Infecção Hospitalar.
Com reuniões semanais, a comissão irá propor normas e medidas de prevenção e controle de doenças infecciosas, além de prestar apoio técnico ao Estado e aos municípios no controle destas doenças. A primeira reunião da comissão foi realizada nesta segunda-feira (2), na Secretaria da Saúde.
“Estabelecemos um monitoramento sensível e precisamos de um olhar diferenciado para as síndromes respiratórias. Esta comissão dará o embasamento técnico, pois sabemos que o Sul tem características diferentes do resto do Brasil no que se refere a doenças respiratórias”, destacou Paz.
TRATAMENTO - Com a queda das temperaturas, as pessoas ficam mais propensas a desenvolverem doenças respiratórias, como gripes e resfriados. Como estas doenças provocam sintomas semelhantes e podem ser facilmente confundidas, a Secretaria da Saúde alerta para a indicação do medicamento antiviral somente com avaliação médica.
“O vírus influenza circula em nosso ambiente conjuntamente com outros vírus e outros agentes, como bactérias ou fungos. Por isso é importante o acompanhamento clínico para identificar qual é a doença”, explica a coordenadora da sala de situação da gripe, Ângela Maron. Ela enfatiza que o antiviral só é recomendado para pacientes com diagnóstico de síndrome gripal.
SINTOMAS - Em pessoas maiores de cinco anos, os sintomas da síndrome gripal são febre alta (acima de 38º), com início abrupto, tosse e dores musculares intensas e principalmente dificuldade de respirar.
No resfriado os sintomas são febre baixa (quando ocorre), tosse leve, dores musculares leves, congestão nasal e dor de garganta frequentes. É raro os pacientes com resfriado sentirem dificuldade de respirar. “Estes sintomas devem ser revistos em se tratando de crianças menores de cinco anos, pois nelas a febre aparece mesmo se elas estiverem apenas com resfriado”, explica Marion Burger, pediatra e infectologista da Secretaria Municipal de Saúde de Curitiba.
A Secretaria da Saúde recomenda que, independentemente da coleta de exames, o tratamento com o antiviral seja prescrito nas primeiras 48 horas após o início dos sintomas, pois ele pode evitar que o estado geral do paciente se agrave. Marion reforça que se houver sinais de agravamento, principalmente nas crianças, como febre persistente, falta de ar e piora do estado geral, a pessoa deve retornar imediatamente ao serviço de saúde.