Ariel marca aos 41 do 2 tempo e garante vitria Coxa no clssico Paratiba

Alviverde venceu na insistncia. Pressionou o Paran o jogo todo e chegou a desperdiar um pnalti graas a defesa brilhante de Juninho. No fim, foi premiado com o resultado

Sexta-feira, 26 de março de 2010


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Um gol salvador de Ariel, aos 41 minutos do 2º tempo, garantiu ao Coritiba a vitória por 1 a 0 sobre o Paraná Clube nesta quinta-feira (25), no estádio Couto Pereira. O resultado teve sabor ainda mais especial para o Alviverde, que abriu uma vantagem de cinco pontos sobre o Tricolor na tabela de classificação da fase final do Campeonato Paranaense e se manteve um à frente do rival Atlético na briga pelo título Estadual. O Paraná viu sua invencibilidade de dez jogos terminar e a chance de título diminuir.

A partida começou bastante disputada, mas o Alviverde foi superior ao Tricolor durante a maior parte dos 90 minutos de jogo. Destaque para a forte marcação e a organização tática do Paraná Clube, que conseguiu evitar que o Coritiba transformasse em gol essa superioridade. O goleiro Juninho, em atuação inspirada, fechou o gol e ainda pegou um pênalti cobrado por Marcos Aurélio no começo da 2ª etapa. O Coxa teve ainda dois gols anulados, acertadamente, pela arbitragem.

Na base da insistência o Alviverde conseguiu a vitória após a entrada de Ariel, na parte final do jogo. “Graças a Deus consegui me posicionar bem entre os zagueiros e marquei o gol”, falou o argentino, em poucas palavras. “Precisávamos da vitória, ainda mais depois do pênalti perdido. Ia ficar um clima ruim. Graças a Deus e ao apoio da torcida vencemos”, completou Thiago Real.

Com o resultado desta quinta-feira o Coritiba foi aos cinco pontos, na liderança isolada do campeonato. O Paraná permanece com zero. Na próxima rodada o Alviverde encara o Corinthians Paranaense, no Couto Pereira, domingo, a partir das 15h50. O Tricolor recebe o Paranavaí, também no domingo, na Vila Capanema.

O jogo

Antes de a bola rolar todos sabiam que o jogo desta noite talvez fosse o mais importante do campeonato. Isso porque a vantagem obtida pelo Coritiba pela melhor campanha da primeira fase (supermando e dois pontos extras) perderia grande parte do seu valor em caso de derrota. Já para o Tricolor (assim como para todas as equipes que não gozam das mesmas vantagens alviverdes), derrubar o Coxa representa a entrada definitiva da equipe na briga pelo título e um tropeço diminui a chance de buscar a taça.

A bola rolou e as duas equipes se mostraram bastante tensas desde o início. O jogo foi truncado durante todo o primeiro tempo, com as equipes abusando das bolas alçadas na área e nos chutes de longa distância. Aliás, em lances desenhados dessa forma que surgiram as principais jogadas da 1ª etapa de jogo.

As primeiras oportunidades começaram a surgir por volta dos 20 minutos, mas perigo real mesmo quem sofreu foi o goleiro Juninho, do Paraná, aos 22 minutos. Marcos Aurélio aproveitou o espaço que surgiu na defesa adversária e encaixou um lindo chute. Juninho saltou e por pouco não foi traído pelo efeito da bola. Mesmo assim, deu um tapa de mão trocada para escanteio.

Advertências e gol anulado

O árbitro Edivaldo Elias da Silva optou por uma postura mais rígida na tentativa de evitar jogadas violentas em campo. O cartões amarelos foram surgindo e as infrações paravam o jogo a todo instante.

Aos 24 minutos o lance capital da primeira etapa. Marcos Aurélio fez a boa jogada pela direita e cruzou com capricho para a pequena área. Pereira apareceu entre os defensores adversários e cabeceou para as redes de Juninho. O árbitro viu uma falta do zagueiro Coxa na hora da cabeçada e anulou o lance, marcando infração. “Foi uma jogada normal, pô. Na área todo mundo se segura e se empurra”, disse o Pereira ao final da etapa.

As marcações do árbitro começaram a irritar o técnico Coxa Ney Franco, que antes do término do primeiro tempo, acabou expulso de campo após discutir com o auxiliar Roberto Braatz.

O jogo seguiu com a mesma fórmula dos minutos iniciais. O Coxa esteve melhor em campo, mas os defensores paranistas foram perfeitos na marcação. “O time esta jogando bem e marcando bem. Eles começaram na pressão, mas seguramos e vamos tentar o gol no segundo tempo”, disse o volante Edimar, que teve a incumbência de marcar o meia Rafinha e cumpriu a missão com maestria.

Juninho brilha no segundo tempo

Nem bem tinha começado a segunda etapa e o Coxa teve a grande chance de conquistar a vitória no clássico. Em bola tocada na área, Jeci tentou o domínio e na dividida com Chicão caiu no gramado. O árbitro foi na dele e marcou pênalti para o Alviverde. Marcos Aurélio, o melhor Coxa em campo, partiu para a cobrança e bateu no canto direito de Juninho, que saltou no tempo certo e tirou a bola num tapinha salvador.

O goleiro paranista conseguiu um feito impressionante ao pegar a cobrança de pênalti de Marcos Aurélio. Em menos de uma semana, é a terceira falta máxima que para nas mãos do camisa 1 paranista. No ano, foi o quarto pênalti defendido por Juninho. Além disso, durante o jogo, ele teve participação determinante e fez defesas providenciais.

Aos 27 minutos o Coxa teve mais um gol anulado. Após um cruzamento da esquerda, Jeci completou para as redes, mas esava bem na frente do último defensor paranista.

Cartões minam equipes e deixam Paraná com um a menos

O excesso de cartões e faltas foi motivo de reclamação por parte de vários jogadores, além de Ney Franco. “Ele esta parando muito o jogo, dando muitos cartões. O campeonato esta começando agora e temos sete jogos pela frente. Se mostra um cartão agora, complica não só nossa vida, mas do adversário também”, reclamou Jeci. Foram ao todo dez amarelos (11, se considerarmos o segundo de Jefferson, que recebeu um vermelho).

Aliás, a expulsão do jogador desestruturou o time paranista. Da metade do segundo tempo em diante o Coxa tomou conta da partida. O técnico paranista Marcelo Oliveira tentou ganhar o meio de campo colocando Elvis e Wellington Silva, mas se viu envolvido pelo Alviverde que apostou em dar mais velocidade na zaga (com Lucas Mendes) e criatividade no meio (com Thiago Real).

Bola no travessão e vitória pelos pés de Ariel

O meia Thiago Real deu mais velocidade ao Coritiba, que tomou conta do meio de campo. Em jogada de habilidade, aos 39, o meia mandou um lindo chute no travessão de Juninho, que tentou a defesa, mas não alcançou. A pressão aumentou ainda mais quando Ariel foi chamado para entrar no jogo. A presença do argentino por si só prendia a marcação paranista.

Aos 41, o Coxa finalmente chegou ao seu gol. Fabinho Capixaba caprichou no cruzamento para a área buscando o argentino Ariel. Ele conseguiu o domínio após dividir com o defensor paranista, abriu espaço e mandou na saída do goleiro Juninho, balançando as redes e garantindo a vitória Coxa nos minutos finais.

No desespero, nos últimos lances, Juninho deixou a sua meta e foi para a área do Coxa. Na cobrança, a zaga cortou. No contra-ataque, o segundo gol do Coxa não saiu por falta de competência dos jogadores alviverdes, já que o gol estava aberto.

 

Fonte: Eduardo Luiz Klisiewicz

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